2 de Janeiro de 2025
Biossegurança: Limpeza e desinfeção de explorações pecuárias
Biossegurança: limpeza e desinfeção de explorações pecuárias
Numa exploração pecuária, o conceito de biossegurança refere-se ao conjunto de medidas destinadas a prevenir ou reduzir o risco de entrada de agentes patogénicos e a sua subsequente propagação dentro da exploração ou para outras explorações.
Estas medidas incluem elementos estruturais, elementos de conceção, medidas sanitárias, procedimentos ou normas de trabalho, formação do pessoal, bem-estar dos animais, etc.
A não implementação de um plano de biossegurança ou a sua ineficácia significa expor a exploração e o setor pecuário a um risco sanitário muito elevado, levando a uma diminuição comprometida da produtividade e da rentabilidade.
Porque é que a biossegurança é tão importante?
As explorações pecuárias estão sujeitas a um risco constante de entrada e propagação de agentes patogénicos. A biossegurança é crucial para proteger tanto os animais como os seres humanos de doenças contagiosas.
A biossegurança também previne o aparecimento e a propagação de doenças zoonóticas (as que podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos), protegendo assim a saúde pública e a segurança alimentar.
Por outro lado, a biossegurança minimiza a perda potencial de animais, os custos dos tratamentos preventivos e curativos e as possíveis restrições comerciais, sendo, por conseguinte, essencial para a viabilidade económica das explorações pecuárias.
Assim, de um ponto de vista de custo-benefício, a biossegurança é um dos instrumentos mais eficazes disponíveis para manter a saúde animal, a proteção contra zoonoses e a integridade da produção.
Categorias de biossegurança
As ações e práticas de biossegurança implementadas no ambiente pecuário podem ser divididas em duas categorias: biossegurança externa e biossegurança interna. Ambas são cruciais para a prevenção de doenças e a proteção da saúde animal e humana.
- Biossegurança externa: Inclui medidas implementadas para proteger as explorações pecuárias de contaminantes externos, mas também serve para evitar a propagação de agentes patogénicos ou outros perigos da exploração para o exterior. A biossegurança externa gere os riscos provenientes do ambiente externo, como a introdução de novos animais, visitantes, veículos e equipamento. Envolve o estabelecimento de medidas que impedem a entrada/saída de agentes patogénicos para dentro/fora de uma exploração:
- A exploração deve ser isolada do ambiente por barreiras naturais, vedações perimetrais e sinalização.
- As pessoas, os animais e os veículos devem ser impedidos de entrar na exploração. As pessoas que entram devem seguir protocolos como mudar de roupa e de sapatos, tomar banho e desinfetar os seus pertences. Também é essencial ter um arco e um fosso para o acesso de veículos.
- A circulação de animais deve ser feita através do cais de carga e descarga e os novos animais trazidos para a exploração devem ser provenientes de fontes fiáveis, incluindo o controlo sanitário.
- Deve ser impedida a entrada de vetores como moscas, mosquitos, roedores e aves selvagens.
- Os alimentos e a água potável devem ser de boa qualidade e isentos de agentes patogénicos.
- Biossegurança interna: Medidas aplicadas na exploração ou instalação para evitar a propagação de doenças entre os animais já presentes no local:
- Limpeza e desinfeção regulares das instalações, do equipamento e dos veículos.
- Controlo dos movimentos internos de animais e pessoas.
- Seguir práticas higiénicas e sanitárias adequadas, como a utilização de agulhas e seringas descartáveis, a utilização de vestuário e calçado por zonas, a utilização de equipamento de proteção individual (EPI), a desinfeção dos instrumentos antes e depois da sua utilização, a lavagem frequente das mãos, etc.
- Programa de saúde animal: controlo da saúde animal e plano de vacinação e de tratamento preventivo.
- Eliminação de resíduos e produtos poluentes.
Em resumo, a biossegurança interna e externa são componentes essenciais e complementares de um plano de biossegurança agrícola abrangente, cada uma abordando diferentes aspetos e fontes de risco para garantir um ambiente saudável e produtivo.
Componentes de um plano global de biossegurança
Os componentes básicos que devem ser incluídos num plano de biossegurança abrangente para uma exploração pecuária são:
- Plano de Biossegurança: O plano deve ser específico para a exploração e deve ser adaptado aos riscos existentes em cada área. Deve incluir infra-estruturas e equipamentos, protocolos escritos (plano L&D, controlo de pragas, gestão de resíduos, quarentena, etc.), registo de ações, etc.
- Aspeto humano: Centra-se na educação, sensibilização e formação do pessoal. É essencial implementar e manter as medidas definidas no Plano de Biossegurança, uma vez que, sem uma equipa empenhada, mesmo o melhor plano não seria eficaz. Uma boa formação do pessoal é essencial para garantir que as medidas de biossegurança são corretamente aplicadas e mantidas ao longo do tempo.
A implementação de ambos os componentes de uma forma abrangente e coordenada é essencial para manter um ambiente seguro e saudável para os animais, minimizando os riscos associados aos agentes patogénicos biológicos.
Limpeza e desinfeção
O Plano de Limpeza e Desinfeção (Plano L&D) das instalações e equipamentos é uma parte essencial do Plano de Biossegurança de uma exploração pecuária. A sua conceção e correta implementação desempenham um papel crucial na prevenção e controlo de doenças.
É necessário salientar que o Plano L&D deve incluir todos os tipos de instalações e equipamentos: utensílios, bebedouros, comedouros, gaiolas, ventiladores, veículos, etc.
Limpieza
Tem como objetivo remover a sujidade visível de uma superfície e consiste em três fases:
- Limpeza a seco.
- Enxaguamento com água sob pressão.
- Limpeza com detergente.
Para a última fase da limpeza é necessário utilizar produtos detergentes capazes de eliminar todo o tipo de resíduos orgânicos e inorgânicos, que respeitem os materiais das instalações, tenham um baixo impacto ambiental e sejam seguros para as pessoas que os manuseiam.
Dentro da extensa gama de produtos detergentes, PROQUIMIA dispõe do detergente alcalino espumante VIXFOAM, especialmente concebido para conseguir uma maior remoção da sujidade graças à sua espuma ultra-resistente que, quando aplicada com máquinas de alta pressão, maximiza o tempo de contacto com a sujidade.
Uma boa fase de limpeza permite também eliminar por arrastamento uma grande parte dos agentes patogénicos presentes na sujidade, além de ser essencial para obter a máxima eficácia na fase de desinfeção posterior, uma vez que os produtos desinfectantes perdem eficácia na presença de matéria orgânica.
Desinfeção
A função da fase de desinfeção é eliminar ou inativar os microrganismos ainda presentes nas superfícies, evitando assim a transmissão de doenças.
É essencial aplicar o desinfetante em superfícies secas e garantir que estas ficam completamente impregnadas com a solução biocida.
Se tiver havido uma má limpeza prévia, os agentes patogénicos estarão protegidos por resíduos de sujidade, não haverá contacto suficiente com o produto desinfetante, resultando numa desinfeção deficiente.
PROQUIMIA dispõe de uma vasta gama de produtos desinfetantes, devidamente registados na Direção-Geral de Agricultura e Veterinária como pesticidas/produtos biocidas para o ambiente pecuário, e que cumprem os critérios de eficácia biocida de acordo com as normas EN estabelecidas pelo Regulamento (UE) 528/2012 relativo aos produtos biocidas:
- ASEPTIL – à base de amónio quaternário.
- AMBISEP - à base de amónios quaternários e glutaraldeído.
- AMBISEP ULTRA - à base de amónios quaternários e glutaraldeído.
- ASEP DAP MOUSS - à base de ácido peracético.
- OXYPURE BIO 5 V - à base de ácido peracético.
Para a seleção correta do produto desinfetante, devem ser tidos em conta vários fatores: especificidade contra os microrganismos, tipo de ingrediente ativo biocida, método de aplicação (spray, espuma, etc.), tempo de contacto, temperatura de aplicação, perigosidade, materiais das superfícies a desinfetar, etc. Este grande número de fatores que podem afetar a eficácia do produto torna o conselho de um especialista muito importante.
A formação do pessoal em matéria de limpeza e desinfeção deve ser uma parte essencial do plano integrado de biossegurança, uma vez que estas tarefas são uma parte essencial do processo de minimização do risco de transmissão de doenças.
Conclusões
A definição de um Plano de Limpeza e Desinfeção das instalações e equipamentos é uma parte essencial do Plano de Biossegurança de uma exploração pecuária. A sua conceção e correta implementação desempenha um papel crucial na prevenção e controlo de doenças.
A implementação de práticas de limpeza e desinfeção rigorosas e eficazes garante um ambiente saudável e produtivo, minimizando os riscos associados aos agentes patogénicos.
A PROQUIMIA, graças aos seus mais de 50 anos de experiência no setor da higiene, presta assistência e apoio ao agricultor durante todo o processo de conceção e implementação do Plano de Biossegurança, assessorando no processo de seleção dos produtos detergentes e desinfetantes mais adequados, para os utilizar de forma segura e eficaz, cumprindo o quadro regulamentar vigente.
Referências
- ASOPROVAC, MAGRAMA. Guía práctica de bioseguridad en explotaciones de vacuno de carne [Internet]. Gob.es. [citado el 20 de abril de 2024]. Disponible en: https://www.mapa.gob.es/es/ganaderia/temas/sanidad-animal-higiene-ganadera/guia_bs_explotaciones_vacuno_carne_tcm30-111898.pdf
- BIOSEGURETAT EN EXPLOTACIONS PORCINES [Internet]. Gencat.cat. [citado el 21 de abril de 2024]. Disponible en: https://ruralcat.gencat.cat/documents/20181/5302088/Dossier+Tecnic+98-WEB.pdf/3b7c618a-3cf6-4046-9188-89d9007c133a
- Bioseguridad [Internet]. Gob.es. [citado el 20 de abril de 2024]. Disponible en: https://www.mapa.gob.es/es/ganaderia/temas/sanidad-animal-higiene-ganadera/sanidad-animal/bioseguridad-buenas-practicas/
- Servei de Formació Agrària. Curs de manipulador i aplicador de productes biocides d’ús ramader. TEMA 3: Bioseguretat a les explotacions ramaderes i en el transport de bestiar.
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