21 de Outubro de 2024
Limitação da utilização de antibióticos nas explorações pecuárias
A utilização excessiva e inadequada de antibióticos, tanto em medicamentos para uso humano como veterinário, nas últimas décadas, está na origem de novas preocupações e desafios sociais no domínio da saúde animal, da saúde humana e do impacto no ambiente. O consumo excessivo de antibióticos levou ao desenvolvimento de bactérias resistentes, que podem ser transferidas para os seres humanos através do consumo de produtos de origem animal, do contacto direto com animais e do ambiente, tornando as infeções bacterianas mais difíceis de tratar.
A resistência aos antibióticos consiste na incapacidade de eliminar um microrganismo que causa uma doença infecciosa, tornando-se resistente ao antibiótico ao qual era originalmente vulnerável. Quando as bactérias se tornam resistentes, os tratamentos convencionais tornam-se ineficazes, as infeções persistem e o risco de propagação da resistência aumenta, envolvendo pessoas, animais, alimentos e o ambiente. O problema é agravado pelo facto de o ritmo a que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos que utilizamos ser muito superior ao ritmo a que são desenvolvidos novos antibióticos.
Plano Nacional de Resistência aos Antibióticos (PRAN)
Para fazer face a esta situação, foi criado em 2014 o Plano Nacional de Resistência aos Antibióticos (PRAN). Trata-se de um plano estratégico e de ação que visa reduzir o risco de seleção e disseminação da resistência aos antibióticos e, consequentemente, diminuir o impacto deste problema na saúde humana e animal, preservando a eficácia dos antibióticos existentes de forma sustentável.
Entre as múltiplas linhas estratégicas definidas pelo PRAN para atingir os seus objetivos, a prevenção é de particular relevância. O objetivo fundamental desta linha de trabalho é reduzir a necessidade de consumo de antibióticos através da implementação de medidas de prevenção de doenças.
Prevenção
No domínio da saúde animal, a prevenção e o controlo das doenças a nível das explorações trazem benefícios consideráveis para a produção, a segurança alimentar, a saúde pública, o bem-estar dos animais e, consequentemente, para o mercado e a economia.
Neste contexto, são fundamentais as estratégias de melhoria das medidas de higiene, bem como o desenvolvimento de normas para reduzir o risco de infeção e de transmissão de organismos resistentes.
Para maximizar a eficácia das medidas de prevenção, é importante melhorar os mecanismos de Biossegurança nas explorações agrícolas. A higiene, a gestão, a vigilância, a deteção precoce e a resposta rápida são elementos fundamentais para prevenir e controlar as doenças animais.
Biossegurança
A Biossegurança inclui o conjunto de medidas, tanto de infraestruturas como de manuseamento para evitar ou reduzir o risco de entrada de doenças infectocontagiosas e parasitárias e a sua posterior difusão dentro ou fora da exploração pecuária.
Dentro do conjunto de medidas definidas num Plano de Biossegurança para explorações pecuárias, a Limpeza e Desinfeção das instalações é uma das operações mais importantes.
Limpeza e desinfeção de explorações pecuárias
Depois da criação ou engorda de um lote de animais numa instalação, a Limpeza e Desinfeção da instalação é o método mais eficaz para garantir a eliminação de microrganismos que possam comprometer a saúde dos lotes seguintes. Este processo torna-se ainda mais importante quando a exploração sofreu um processo infeccioso durante a criação. Estes processos infecciosos podem dever-se a múltiplas causas: medidas de biossegurança deficientes ou insuficientes, introdução de animais portadores, erros na profilaxia, etc. A ocorrência de surtos infecciosos conduz a perdas económicas significativas e a um risco potencial para a saúde pública.
As melhores medidas de controlo serão sempre as que visam a prevenção da doença, mas, se em algum momento sofrermos um surto, será necessária uma revisão completa e detalhada de todas as medidas do Plano de Biossegurança da exploração, investigando quais poderiam ter sido as vias de entrada.
Durante o vazio sanitário das instalações pecuárias, centrar-nos-emos em 3 aspetos básicos para o controlo de doenças: limpeza, desinfeção e controlo de vetores. Estas fases são necessárias para alcançar um adequado nível sanitário da exploração.
Uma vez esvaziado um estábulo de animais de produção, o primeiro passo é a remoção da matéria orgânica grosseira. Para o efeito, utilizam-se métodos mecânicos comuns de varredura a seco para recolher as fezes mais grosseiras e, em seguida, enxaguamento com água utilizando uma máquina de lavar de alta pressão.
Posteriormente, a limpeza é realizada com detergentes alcalinos, de preferência aplicados sob a forma de espuma, utilizando máquinas de limpeza a alta pressão.
Dentro da vasta gama de produtos detergentes, PROQUIMIA dispõe do detergente espumante alcalino VIXFOAM, especialmente concebido para conseguir uma maior remoção da sujidade graças à sua espuma ultrarresistente que, quando aplicada a alta pressão, maximiza o tempo de contacto com a sujidade.
Após um período de tempo de ação, procede-se ao enxaguamento. Periodicamente, serão também utilizados detergentes ácidos para remover a matéria inorgânica sob a forma de incrustações nos arrefecimentos e nas calhas.
O processo de limpeza elimina a sujidade macroscópica e, adicionalmente, uma elevada percentagem de microrganismos.
As superfícies são depois desinfetadas.
Gama de produtos desinfetantes Proquimia
PROQUIMIA dispõe de uma ampla gama de produtos desinfetantes, devidamente registados na Direção-Geral da Alimentação e Veterinária como produtos biocidas para o meio pecuário, e que cumprem os critérios de eficácia biocida de acordo com as normas EN estabelecidas pelo Regulamento (UE) 528/2012 relativo aos produtos biocidas:
- ASEPTIL – à base de amónio quaternário.
- AMBISEP - à base de amónios quaternários e glutaraldeído.
- AMBISEP ULTRA - à base de amónios quaternários e glutaraldeído.
- ASEP DAP MOUSS - à base de ácido peracético.
- OXYPURE BIO 5 V - à base de ácido peracético.
Relativamente à forma de aplicação, os produtos aplicados sob a forma de espuma são atualmente os mais utilizados, devido ao seu baixo consumo e à sua elevada permanência na superfície. Podem também ser utilizados produtos pulverizados, nebulizados ou termonebulizados.
A fim de não disseminar possíveis microrganismos patogénicos por toda a exploração, é de importância vital desinfetar também os utensílios utilizados.
Após a desinfeção das instalações, é habitual voltar a entrar nelas para a manutenção do compartimento ou para preparar as instalações para a entrada de animais (preparação de comedouros, bebedouros, colocação de camas, etc.). Por conseguinte, após a entrada do pessoal, deve ser realizada uma segunda desinfeção, que pode ser feita com um produto fumigante, como os utilizados em silos.
Na seleção dos produtos de Limpeza e Desinfeção, para além da sua eficácia, deve ser avaliado também o seu nível de perigosidade, de forma a garantir a máxima segurança do pessoal que os aplica.
Paralelamente, será essencial implementar um plano de controlo de vetores (insetos) e roedores, de forma a minimizar os riscos de propagação de doenças que estes organismos podem causar.
Finalmente, a correta limpeza e desinfeção dos circuitos de água, bem como a desinfeção da água de bebida dos animais, são também aspetos muito importantes a ter em conta para garantir as máximas condições de higiene na exploração.
Conclusões
Face às crescentes preocupações sanitárias causadas pela crescente resistência dos microrganismos aos antibióticos, as medidas de prevenção e controlo das doenças nas explorações pecuárias são os mecanismos mais eficazes para minimizar o risco de transmissão.
Através da aplicação rigorosa de todas as medidas preventivas estabelecidas no Plano de Biossegurança, com especial ênfase nos protocolos de Limpeza e Desinfeção, o risco de entrada ou recontaminação de doenças será minimizado, enquanto se reduz a taxa de consumo de antibióticos da exploração pecuária.
PROQUIMIA, graças aos seus mais de 50 anos de experiência no setor da higiene, presta apoio durante todo o processo de conceção e implementação do Plano de Biossegurança, oferecendo aconselhamento personalizado para a seleção correta dos produtos de Limpeza e Desinfeção mais adequados, de modo a utilizá-los de forma eficaz e segura.
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